Basta fazer uma pesquisa básica no Google com as palavras "mulher" "brasileira" e uma onda de jovens garotas de biquínis em poses sensuais inunda a tela.

Agora, experimente acrescentar na busca "carnaval” e "mulata" (definição no dicionário Michaelis: mulher mestiça das raças branca e negra), um tsunami de corpos hipersexualizados.

Sim, o país é internacionalmente conhecido pelos 3 dias de folia e pela beleza das mulheres. O Rio é a passarela do samba e as mulatas enfeitam esse sonho de paraíso tropical, livre e sensual.

Só que nos outros 362 dias do ano, as mulheres de origem africana no Brasil carregam o peso e o estigma do racismo, da exploração no mercado de trabalho,

da discriminação social, da intolerância religiosa, da violência sexual, do maior índice de gravidez na adolescência e da pobreza.

Pensando em subverter a imagem dessa realidade preconceituosa e estereotipada, produzi um ensaio fotográfico que valoriza a mulher, afirma sua beleza e a sua origem africana.

Elas são protagonistas dessa história, afinal, são reais e maioria nesse país.

Um tecido africano original foi usado como fundo para fotografar integrantes do Bloco das Cacheadas, no Carnaval do Rio, em 2016.

A cabeça é o foco e o cabelo, um instrumento de poder e auto-estima que reafirma as suas raízes.


















Basta fazer uma pesquisa básica no Google com as palavras "mulher" "brasileira" e uma onda de jovens garotas de biquínis em poses sensuais inunda a tela.
Agora, experimente acrescentar na busca "carnaval” e "mulata" (definição no dicionário Michaelis: mulher mestiça das raças branca e negra), um tsunami de corpos hipersexualizados.
Sim, o país é internacionalmente conhecido pelos 3 dias de folia e pela beleza das mulheres. O Rio é a passarela do samba e as mulatas enfeitam esse sonho de paraíso tropical, livre e sensual.
Só que nos outros 362 dias do ano, as mulheres de origem africana no Brasil carregam o peso e o estigma do racismo, da exploração no mercado de trabalho,
da discriminação social, da intolerância religiosa, da violência sexual, do maior índice de gravidez na adolescência e da pobreza.
Pensando em subverter a imagem dessa realidade preconceituosa e estereotipada, produzi um ensaio fotográfico que valoriza a mulher, afirma sua beleza e a sua origem africana.
Elas são protagonistas dessa história, afinal, são reais e maioria nesse país.
Um tecido africano original foi usado como fundo para fotografar integrantes do Bloco das Cacheadas, no Carnaval do Rio, em 2016.
A cabeça é o foco e o cabelo, um instrumento de poder e auto-estima que reafirma as suas raízes.